O presente trabalho visa discutir a noção de sujeito a partir das perspectivas teóricas de Edgar Morin e Zigmunt Bauman, identificando suas contribuições para compreensão da sociedade moderna e, para tanto, realizamos uma revisão e análise bibliográfica, de natureza qualitativa, construído e guiado pelos princípios do pensamento complexo: o princípio dialógico, recursivo e hologramático. Como delimitação do objeto, priorizamos aqui três obras de cada autor: A cabeça bem-feita (2000), Ciência com consciência (2007) e Os sete saberes necessários à educação do futuro (2010), de Morin. E as obras O mal-estar da pós-modernidade (1998), Identidade (2005) e 44 cartas sobre o mundo líquido moderno (2011), de Bauman. Como resultado identificou-se que tanto para Bauman como para Morin, a formação do sujeito não se dá de forma simplificada, mas a partir de uma relação complexa que envolve a auto-eco-organização a qual pode conduzir a formação de um sujeito consciente e capaz de se constituir na própria história. A luta contra o esfacelamento do sujeito nesta sociedade líquida, redutora e simplificadora é anseio dos autores. Um outro sujeito precisa ser construído. Liberto das normatizações que o impede de ser ele mesmo.
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Câmara, H. C., Fonseca, A. S. de S., & Souza, K. C. A. (2014). NOTAS INTRODUTÓRIAS SOBRE A FORMAÇÃO DO SUJEITO EM ZIGMUNT BAUMAN E EDGAR MORIN. HOLOS, 1, 290–297. https://doi.org/10.15628/holos.2014.1621
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