Este artigo discute o trabalho com Oficinas de construção de indicadores e dispositivos de avaliação enquanto uma nova técnica de consensos, especialmente no contexto de uma pesquisa participativa e avaliativa. Para tanto, apresenta as tradicionais técnicas de consenso, bem como o método de Oficinas, trabalhado pelo Grupo de Pesquisa Saúde Coletiva e Saúde Mental: interfaces. Conclui-se que as Oficinas apresentam vantagens frente às tradicionais técnicas de consenso na medida em que aumentam a diversidade dos atores e as inserções sócio-políticas dos participantes, não se restringindo apenas àqueles reconhecidos como especialistas no objeto estudado. A inclusão desses diferentes atores na construção do conhecimento alinha-se à aposta no protagonismo como fator decisivo na incorporação dos resultados do processo avaliativo no cotidiano do trabalho. No entanto, exige infra-estrutura para o encontro presencial entre os participantes e habilidade para lidar democraticamente com as diferentes posições de poder nelas incluídas.
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Campos, R. T. O., Miranda, L., Gama, C. A. P. da, Ferrer, A. L., Diaz, A. R., Gonçalves, L., & Trapé, T. L. (2010). Oficinas de construção de indicadores e dispositivos de avaliação: uma nova técnica de consenso. Estudos e Pesquisas Em Psicologia, 10(1). https://doi.org/10.12957/epp.2010.9029
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