O estímulo aos modos ativos de viagem através de modificações na forma urbana é objeto de pesquisas desde que o domínio do transporte motorizado se revelou nocivo à qualidade de vida urbana. Os deslocamentos a pé passaram a fazer parte da agenda da mobilidade urbana sustentável, enfatizando inicialmente a influência do ambiente construído sobre a escolha modal, visando aumentar a participação do modo. Recentemente, os estudos de caminhabilidade evoluíram e incorporaram aspectos da microescala do ambiente, procurando compreender o que influencia os pedestres em sua escolha de rota. Este trabalho investiga os fatores que influenciam a escolha de rota através de um método baseado no rastreio de indivíduos com GPS e na modelagem de escolha com variáveis do ambiente. Um estudo na cidade de Porto Alegre estimou modelos de escolha discreta binários para compreender por que os pedestres escolhem outros caminhos que não o mais curto entre a origem e o destino. Os resultados mostram que atributos da rede viária como a classe funcional e o comprimento dos trechos e variáveis urbanísticas como a presença de usos comerciais, em associação com o motivo da viagem e características do indivíduo, influenciam a utilidade percebida e, consequentemente, a escolha de rota.
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Borello Vargas, J. C., Larranaga Uriarte, A. M., & Bettella Cybis, H. B. (2022). Escolha de rotas a pé – método e estudo exploratório. TRANSPORTES, 30(1), 2636. https://doi.org/10.14295/transportes.v30i1.2636
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