O sistema público de saúde brasileiro tem por princípio a igualdade de acesso. No entanto, não são poucas as desigualdades em sua prática. Partindo da premissa de que surgem da hierarquização das diferenças entre os sujeitos, este artigo se dispõe a refletir sobre a importância da interseccionalidade entre raça, classe e gênero quando a temática é a saúde sexual e reprodutiva das brasileiras. Com esse foco, destaca-se como essa articulação analítica pode descortinar processos cotidianos discriminatórios. Para tanto, considera-se a etnografia de dois serviços de saúde de Brasília; entrevistas com gestores de saúde local e federal e a leitura de algumas feministas negras brasileiras e latino-americanas sobre o assunto. Dessa maneira, procura-se compreender como o corpo negro feminino é pensado pelas mulheres assistidas, pelos profissionais de saúde, gestores de políticas públicas e feministas negras.
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Carneiro, R. (2017). O peso do corpo negro feminino no mercado da saúde: mulheres, profissionais e feministas em suas perspectivas. Mediações - Revista de Ciências Sociais, 22(2), 394. https://doi.org/10.5433/2176-6665.2017v22n2p394
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