O intuito deste artigo é mostrar que artefatos tecnológicos que nos parecem no dia-a-dia neutros, intrinsecamente bons, produzidos tão somente para resolver problemas práticos, contêm relações sociais historicamente determinadas e obscurecem o conteúdo de classe das escolhas tecnológicas. Para dar sustentação a esta idéia, parte-se do conceito de Fetiche da Mercadoria em Marx e da sua expansão para o campo da tecnologia realizado por Feenberg, e o debate recente da esquerda no campo da tecnologia. O artigo conclui expondo as possibilidades de transformação da tecnologia capitalista no sentido de adequá-la a empreendimentos autogestionários.
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NOVAES, H. T., & DAGNINO, R. (1969). O FETICHE DA TECNOLOGIA. Revista ORG & DEMO, 5(2), 189–210. https://doi.org/10.36311/1519-0110.2004.v5n2.411
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