Este artigo tem como objetivo mapear as redes sociotécnicas que compõem e são compostas ao longo do processo de licenciamento ambiental, no que tange às práticas arqueológicas e aos trâmites burocráticos referentes a elas. Seguindo cientistas e suas práticas, burocratas e seus documentos, pode-se ver como a constituição do patrimônio arqueológico é um fenômeno entremeado por disputas políticas, tanto quanto por teorias e métodos científicos. Esta pesquisa é fruto de uma dissertação de mestrado, durante a qual foram entrevistados vinte e um arqueólogos de diferentes gerações e com diferentes experiências e cargos, além da análise de sessenta processos de arqueologia no licenciamento ambiental para diferentes empreendimentos no estado do Rio Grande do Sul, Brasil.This paper has the objective of mapping the sociotechnical networks that compose and are composed through the processes of environmental licensing, on what regards the archaeological practices and the bureaucratic procedures related to them. Following scientists and their practices, bureaucrats and their documents, we can see how the constitution of the archaeological heritage is a phenomenon entangled by political disputes as much as by scientific theories and methods. This research is the result of a master's thesis, during which twenty-one archaeologists of different generations and with different experiences and positions were interviewed, as well as the analysis of sixty archaeological processes in environmental licensing for different enterprises in the state of Rio Grande do Sul, Brazil.
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Wittmann, M. A. S. (2019). Arqueologia no licenciamento ambiental: uma etnografia de cientistas e suas burocracias. Anuário Antropológico, v.44 n.1, 217–252. https://doi.org/10.4000/aa.3515
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