O Extremo Sul da Bahia apresenta naturalmente grande fragilidade ambiental. Esta fragilidade está diretamente ligada a fatores naturais como: a cobertura sedimentar de origem terciária e quaternária; os grandes índices pluviométricos; e das baixas declividades. Tais fatores tornam a área susceptível a processos erosivos. O avanço da ocupação em direção ao interior deu-se de maneira bastante lenta, no entanto, a partir da década de 40 todas as Mesoformas foram intensamente ocupadas, o que alterou os aspectos morfogenéticos e acentuou a fragilidade ambiental da região, intensificando a ação das enchentes, abreviando os processos erosivos e os movimentos de massa, acelerando o desmatamento (diminuindo a biodiversidade) e alterando a dinâmica climática. O objetivo deste trabalho é caracterizar como se deu o uso e a ocupação da região Extremo Sul da Bahia, identificando as principais transformações na paisagem, associando a dinâmica demográfica e as transformações no uso a partir de 1945. Concluiu-se que o processo de ocupação do Extremo Sul da Bahia tem se intensificado na segunda metade do século XX, dinamizou a economia local que causou a degradação socioambienal da área, podendo identificar-se algumas conseqüências mais marcantes para a região: a devastação da Mata Atlântica; o uso inadequado do solo; agravamento da fragilidade ambiental; crescimento acelerado do contingente populacional, e surgimento de novas cidades, atingindo o maior índice de urbanização do Estado.
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Amorim, R. R., & Oliveira, R. C. de. (2007). DEGRADAÇÃO AMBIENTAL E NOVAS TERRITORIALIDADES NO EXTREMO SUL DA BAHIA. Caminhos de Geografia, 8(22), 18–37. https://doi.org/10.14393/rcg82215514
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