Os estilos de aprendizagem, apesar de consolidados, enfrentam ainda alguns desafios, dentre os quais, a aprendizagem individual em sala de aula. Argumenta-se que, em um espaço tradicional, o docente encontraria dificuldades intransponíveis ao ter que trabalhar com os estilos de cada aluno. A solução nesse caso seria a recorrência aos espaços virtuais que, além de ser mais adequados aos estilos de aprendizagem, também seriam uma resposta aos imensos desafios impostos pela sociedade tecnológica. Essa saída não considera que determinados atributos da sala de aula começam a se fazer presente no exato momento histórico em que os cursos de EAD ultrapassam os presenciais. Sem prejuízo para a educação a distância, este artigo tem por objetivo fazer uma defesa do uso dos estilos de aprendizagem na sala de aula. Considera-se que a abertura para o diálogo realiza a verdadeira vocação da sala de aula ao negociar com o aluno cada estilo pessoal , ao contrário do que parece ocorrer nos ambientes virtuais, nos quais uma agência tecnológica, travestida em tabelas, números e gráficos, determina os estilos individuais . A pesquisa bibliográfica norteouse sobretudo em artigos publicados em língua portuguesa e espanhola. Além da pesquisa, propôs-se também um exemplo de estratégia com o uso de estilos de aprendizagem. Os resultados evidenciaram uma maior flexibilidade dos estilos de aprendizagem, sugerindo que o adensamento do conhecimento pode ser realizado de maneira horizontal e, portanto, mais democrática.
CITATION STYLE
Rodrigues, L. A. (2020). Estilos de aprendizagem e a sala de aula dialógica. Revista Diálogo Educacional, 20(64). https://doi.org/10.7213/1981-416x.20.064.ds04
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