Este texto contempla algumas reflexões sobre as incursões feitas em dois quilombos catarinenses como parte de uma pesquisa junto do programa de doutoramento em educação. A motivação central foi a de compreender as relações educativas e o lugar ocupado pelas crianças de quatro a seis anos de idade, moradoras de comunidades quilombolas, como sujeitos principais da pesquisa. Entretanto, o recorte que trouxemos para este artigo diz respeito ao lugar ou não-lugar, como diz Auge (1994), atribuído às crianças quilombolas no âmbito da legislação brasileira, fazendo referência às leis que tratam da educação nacional. É possível afirmar que, passados 20 anos da promulgação da Lei de Diretrizes e Bases que reconheceu, entre outras conquistas, o caráter educativo de creches e pré-escolas, ainda estamos distantes de garantir uma legislação que demarque as especificidades das diferentes infâncias brasileiras. Também procuramos indicar a importância de conhecermos as formas de expressão ou de sociabilidade das crianças dessas comunidades, por entender que este conhecimento pode suscitar outras maneiras de pensar a educação institucionalizada.
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Paula, E. D., & Nazario, R. (2017). ENTRE O QUILOMBO E A EDUCAÇÃO INFANTIL: O (NÃO) LUGAR DAS CRIANÇAS QUILOMBOLAS NA POLÍTICA EDUCACIONAL BRASILEIRA. Poiésis - Revista Do Programa de Pós-Graduação Em Educação, 11(19), 96. https://doi.org/10.19177/prppge.v11e19201796-111
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