Este estudo pretende contribuir para a compreensão de alguns aspetos psicológicos que envolvem uma situação de transição para o ensino superior. Utilizou‑se um questionário de expetativas académicas (Questionário de Envolvimento Académico ‑ versão expetativas) e um outro de vivências académicas (Questionário de Vivências Académicas – versão reduzida) como instrumentos de recolha de dados, junto de uma amostra de 1121 alunos dos 1.º e 2.º anos da Universidade de Coimbra. Desta, retirámos uma subamostra – designada por “potenciais abandonantes” – composta por 117 alunos que haviam reprovado, pelo menos, um ano. Estes alunos apresentam resultados nas subdimensões das Vivências Académicas de Estudo e Carreira mais baixos do que os estudantes que nunca reprovaram. Os seus resultados nas subescalas de EnvolvimentoInstitucional, Vocacional e Curricular são também comparativamente mais baixos (p < .05) do que os dos outros alunos. Os dados obtidos indicam que as instituições devem ter em conta as expetativas e as vivências académicas na prevenção do abandono escolar.
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Belo, P. (2016). Avaliação das Expetativas e das Vivências Académicas na Transição para o Ensino Superior. Revista Portuguesa de Pedagogia, 95–113. https://doi.org/10.14195/1647-8614_49-2_5
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