No Brasil, a cultura indígena tem sido reconhecida como parte do patrimônio cultural nacional. Assim, desde que foi criado o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial, em 2000, os bens culturais indígenas têm sido objeto de inventários patrimoniais. Essa presença indígena nas políticas patrimoniais, no entanto, ainda não foi devidamente analisada. No presente artigo, procuramos contribuir para essa análise, partindo de uma reflexão crítica sobre a legislação e as políticas públicas nacionais sobre patrimônio e educação patrimonial. Concluímos que, para a potencialização do acesso dos indígenas a tais políticas, faz-se necessário assumir um diálogo mais equânime, além de mudanças epistêmico-conceituais e metodológicas que contemplem as relações interétnicas e o exercício interepistêmico.
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De Salles, S. G., Feitosa, S. F., & Lacerda, R. F. (2019). Patrimônio cultural indígena: desafios para uma educação patrimonial decolonial. Roteiro, 44(2), 1–18. https://doi.org/10.18593/r.v44i2.17415
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