Abstract: Introduction: The Covid-19 pandemic interrupted and challenged the traditional structure of medical education, based on face-to-face teaching, and, as a measure of support for the efforts of government agencies to reduce the risk of spreading the disease, distance became necessary. medical/patient care and the increase in the supply of telehealth services by health systems. In Brazil, the telehealth model seeks to improve the quality of care in primary health care (PHC), integrating education and service through tele-education and tele-assistance activities, such as teleconsulting, the Second Formative Opinion (SOF), tele-education and telediagnosis. Thus, this article reports the experience of medical students in telehealth actions during the Covid-19 pandemic in Brazil, seeking to clarify the contributions and limitations of this experience in the teaching-learning process in the context of medical education. Experience report: Participation in the project allowed the experience of various telehealth activities under the supervision and guidance of professors in the health area, in addition to the production of informative and educational materials. The proposed activities allowed for the improvement of clinical reasoning through evidence-based medicine (EBM), especially in helping teleconsultations and frequently asked questions. Discussion: The use of technologies became indispensable during the pandemic, and, within this scenario, a telehealth project proved to be an important and effective strategy for continuing education among professionals and health education for the community, avoiding crowding and preventing the spread of the virus. In addition, remote actions, such as teleconsultations, resolution of frequently asked questions and tele-education, proved to be an important strategy for accessing health care not only in times of pandemic. Conclusion: Our experience made it possible to foster critical thinking and disseminate content in a safe, technical and evidence-based way. The exercise of clinical reasoning led us to an experience of great value and to believe that the inclusion of the practice of telehealth can bring important gains to the curriculum of Medicine courses.Resumo: Introdução: A pandemia da Covid-19 interrompeu e desafiou a estrutura tradicional da educação médica, fundamentada no ensino presencial, e, como medida de apoio aos esforços dos órgãos governamentais para a redução dos riscos de disseminação da doença, tornaram-se necessários o distanciamento do atendimento médico/paciente e o aumento da oferta de serviços de telessaúde pelos sistemas de saúde. No Brasil, o modelo de telessaúde busca melhorar a qualidade do atendimento da atenção primária à saúde (APS), integrando ensino e serviço por meio de atividades de teleducação e teleassistência, tais como a teleconsultoria, a Segunda Opinião Formativa (SOF), a teleducação e o telediagnóstico. Assim, este artigo relata a experiência de estudantes de Medicina em ações de telessaúde durante a pandemia da Covid-19 no Brasil, buscando esclarecer as contribuições e limitações dessa experiência no processo ensino-aprendizado no contexto da formação médica. Relato de experiência: A participação no projeto permitiu a vivência de diversas atividades de telessaúde sob a supervisão e orientação de docentes da área de saúde, além da produção de materiais informativos e educativos. As atividades propostas permitiram o aprimoramento do raciocínio clínico por meio da medicina baseada em evidências (MBE), principalmente no auxílio a teleconsultorias e perguntas frequentes. Discussão: O uso de tecnologias tornou-se indispensável durante a pandemia, e, dentro desse cenário, um projeto de telessaúde mostrou-se como uma estratégia importante e eficaz para educação permanente entre profissionais e educação em saúde para a comunidade, evitando aglomerações e prevenindo a disseminação do vírus. Além disso, as ações de forma remota, como teleconsultorias, resoluções de perguntas frequentes e teleducação, mostraram ser uma estratégia importante de acesso à saúde não somente em tempos de pandemia. Conclusão: Nossa experiência possibilitou fomentar o senso crítico e disseminar conteúdo de forma segura, técnica e baseada em evidências. O exercício do raciocínio clínico nos levou a uma experiência de grande valia e a crer que a inclusão da prática de telessaúde pode trazer ganhos importantes à grade curricular dos cursos de Medicina.
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Massucato, M. A. O., Ribeiro, A. L. G., Pessalacia, J. D. R., Neves, V. de J. R., & Stolte-Rodrigues, V. P. (2021). Telessaúde como ferramenta na formação médica durante a pandemia da COVID-19: relato de experiência. Revista Brasileira de Educação Médica, 45(3). https://doi.org/10.1590/1981-5271v45.3-20210195
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