A hiperidrose é caracterizada por um suor excessivo e sem controle decorrente de uma hiperatividade simpática. Essa afecção pode causar sérios problemas sociais, psicológicos e ocupacionais. Os tratamentos convencionais como o uso de antiperspirantes, iontoforese ou a simpatectomia não são eficazes em casos mais severos, ou então são muito arriscados. A toxina botulínica tipo A surgiu como um tratamento seguro e eficaz da hiperidrose, ao bloquear a liberação da acetilcolina nas membranas pré-sinápticas. Este estudo tem como objetivo revisar criticamente a literatura sobre o tema. Os resultados apresentados foram obtidos de seis trabalhos realizados com pacientes que comprovadamente tinham hiperidrose. A redução percentual da sudorese foi de 86% no estudo realizado por Heckmann et al. (2001), 69,1% no de Kinkelin et al., 63,7% no estudo de Heckmann et al. (1999) e de 69% nos de Solomon e Itayman. Poucos efeitos colaterais foram relatados, sendo eles dor e ardência durante as injeções e fraquezas transitórias dos músculos do polegar e da testa. O tratamento da hiperidrose palmoplantar, axilar e frontal com a toxina botulínica tem se mostrado eficaz e seguro, reabilitando o indivíduo às suas atividades no mesmo dia. A única desvantagem desse tratamento é o seu alto custo, que limita significativamente o seu uso.
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Dias, L., Marçal, L., Rodrigues, M., Alves, T. C. A., & Pondé, M. P. (2019). Eficácia da Toxina Botulínica no Tratamento da Hiperidrose. Revista Neurociências, 9(3), 93–96. https://doi.org/10.34024/rnc.2001.v9.8911
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