Embora a reflexão de Kant sobre a especificidade do juízo estético seja tomada pelos intérpretes de sua obra como não tendo o propósito de constituir uma nova possibilidade de pensar a arte e o fazer artístico, não se pode, todavia, negar sua contribuição, particularmente para o reconhecimento da estética como disciplina filosófica. Filósofos aparentemente tão diversos como Hegel, Schelling e Schopenhauer, bem como críticos de literatura e de arte, como os irmãos românticos August e Friedrich Schlegel são unânimes quando se trata de identificar em Kant o primeiro ponto de partida para uma consideração verdadeiramente filosófica da arte. Neste artigo pretendo justamente lançar alguns apontamentos sobre esse lugar atribuído a Kant no horizonte da reflexão estética sistemática, que teve início com Baumgarten em 1750 e culminou com o sistema estético de Hegel na terceira década do século XIX. The place of Kant in the fundation of aesthetic as a philosophical discipline Abstract Philosophers so much different as Hegel, Schelling and Schopenhauer, as well as critics of literature and art, as the romantics brothers August and Friedrich Schlegel, are unanimous in identifying in Kant the starting point for a true philosophical appreciation of art. This paper analyzes the place attributed to Kant on the horizon of the "systematical" aesthetic reflexion, that begun with Baumgarten in 1750 and culminated in the aesthetic system of Hegel in the third decade of the 19 th century.
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Werle, M. A. (2005). O lugar de Kant na fundamentação da estética como disciplina filosófica. DoisPontos, 2(2). https://doi.org/10.5380/dp.v2i2.1965
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