Resumo: Os discursos das propostas de avaliação da educação superior tornam-se armadilhas ao não articularem o seu para quê?, para quem?, o quê? e como?. Neste artigo, explicita-se como tais armadilhas são construídas a partir da análise de uma proposta de planejamento e avaliação de uma instituição pública do Estado de São Paulo. A análise da proposta tem como base as ideias de Paulo Freire e outros autores que investigaram a proliferação dos sistemas de avaliação como controle. Conclui-se que, na construção discursiva das diferentes propostas de avaliação, frequentemente, está presente a ideia de controle. Embora utilizem um discurso emancipatório, elas instauram um instrumento de controle quantitativo que pode gerar um aumento da exclusão, do produtivismo e da competição.Abstract: The discourses of higher education assessment proposals become traps by not articulating their what for?, for whom? what? and how?. In this paper it is elucidated how such traps are constructed by analyzing the proposal of planning and evaluation of a public institution of the state of São Paulo. The proposal analysis is grounded on the ideas of Paulo Freire and other authors who investigated the proliferation of assessment systems as control. It is concluded that, in the discursive construction of the different assessments proposals, often the idea of control is present. Although an emancipatory discourse is used, they establish an instrument of quantitative control that can generate an increase of exclusion, productivism and, competition.
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Rothen, J. C., Santana, A. da C. M., & Borges, R. M. (2018). As Armadilhas do Discurso sobre a Avaliação da Educação Superior. Educação & Realidade, 43(4), 1429–1450. https://doi.org/10.1590/2175-623684908
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