Este artigo apresenta-se como um desenvolvimento de cunho teórico cujo objetivo é revisitar um clássico da Teoria das Organizações, a obra de Burrell e Morgan (1979), visando explorar o paradigma sociológico-organizacional humanista-radical. Guardando similaridades com o paradigma interpretativo, o paradigma humanista-radical encara o mundo social por meio de perspectivas que tendem a ser nominalistas, antipositivistas, voluntaristas e ideográficas, e, assim como o interpretativo, também atribui ênfase à forma como a realidade é socialmente criada e sustentada (MORGAN, 1980). No entanto, uma das noções básicas que delineia o paradigma humanista é que o processo de construção da realidade é influenciado por forças psíquicas e sociais que restringem e controlam as mentes dos indivíduos a ponto de aliená-los em relação às suas próprias potencialidades como seres humanos. Percebe-se assim que uma das maiores contribuições da perspectiva humanista para a análise organizacional é sua ênfase à consciência humana e à investigação da forma como as ações humanas podem transcender a alienação.
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Garrido, G., & Saltorato, P. (2018). Paradigma Humanista-Radical: Uma Construção Teórica Alternativa para a Análise Organizacional. Revista Brasileira de Estudos Organizacionais, 5(1), 147–173. https://doi.org/10.21583/2447-4851.rbeo.2018.v5n1.114
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