A transfusão de hemocomponentes é um procedimento complexo, que está associado a um risco significativo de complicações. O objetivo da pesquisa foi detectar sinais e sintomas que evidenciassem possíveis reações adversas aos hemocomponentes utilizados pelos pacientes atendidos na Fundação Assistencial da Paraíba (FAP) e centro de cancerologia Dr. Ulisses Pinto. Tratou-se de um estudo do tipo transversal, descritivo com abordagens qualiquantitativas. A análise dos resultados foi realizada pela estatística descritiva, utilizando-se de técnicas como distribuição de frequências e médias de variáveis. Foram analisadas 547 transfusões sanguíneas, distribuídas num total de 137 receptores, o que resultou numa média de 4 bolsas/paciente, notando-se que a maioria delas foi realizada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulta e Clínica Oncológica (68,9%). Foram encontrados registros de sinais e sintomas que transparecessem reações adversas a hemocomponentes em 18 transfusões. A maior frequência ocorreu na Clínica Oncológica (8). O hemocomponente mais utilizado foi o concentrado de hemácias (CH), correspondendo a 68% do total de unidades transfundidas. Todas as transfusões notificadas apresentaram sinais/sintomas de reações transfusionais agudas leves, mas duas apresentaram mais de um sintoma. As notificações de possíveis reações adversas podem ter sido subestimadas, visto que a hemovigilância é um ramo muito novo da hemoterapia no Brasil.
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Belém, L. de F., Nogueira, R. G., Leite, T. R., Costa, L. C., Alves, L. de F. P., & Carneiro, I. S. (2011). DESCRIÇÃO DE REAÇÕES TRANSFUSIONAIS IMEDIATAS NA FUNDAÇÃO ASSISTENCIAL DA PARAÍBA, BRASIL. Revista Baiana de Saúde Pública, 34(4), 810. https://doi.org/10.22278/2318-2660.2010.v34.n4.a74
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