Trabalhos relacionados à análise de relevo são instrumentos básicos em projetos e planos de gestão. Desta forma o presente trabalho possui como objetivo a determinação de compartimentos de landforms para o estado do Rio Grande do Sul, através do uso dos elementos de geomorphons determinados em classificação topográfica automatizada. Para a definição dos geomorphons foi utilizada o MDE obtido através dos dados SRTM (Shuttle Radar Topography Mission), processado em ambiente online. Através do agrupamento manual a partir de interpretação de tela em SIG definiu-se sete compartimentos de landforms, sendo: Encostas com bases Amplas, Encostas com topos estreitos e alongados, Encostas com vales encaixados, Áreas Planas associadas a encostas de bases amplas, Áreas Planas, Encostas amplas com rebaixamentos na meia-encosta e Encostas com base ampla e topos com ressaltos. O Compartimento de landforms definido como Áreas planas associadas a encostas de bases amplas é o predominante no estado, com 25,95% da área total. Ocorre, principalmente, seguindo a planície de inudação dos rios como Ibicui, em direção a oeste, rio Jacuí, em direção Leste, e os rios Santa Maria, a Sul. Constitui os principais elementos de relevo da região geomorfológica Depressão Central Gaúcha, sobre substrato de rochas sedimentares da Bacia do Paraná. O segundo maior compartimento de landforms do estado é o compartimento das Encostas com bases Amplas, ocupando 21,52% da área total. Este compartimento ocupa a maior área no Norte do estado, formando os divisores entre as duas mais importantes bacias, do Uruguai e a do Guaíba. A identificação dos elementos do relevo, denominados geomorphons, se mostrou uma técnica bastante eficiente na delimitação de diferentes compartimentos de landforms no estado do Rio Grande do Sul, com distintas e peculiares características que correspondem a unidades reconhecidas geomorfologicamente.
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Robaina, L. E. de S., Trentin, R., & Laurent, F. (2016). COMPARTIMENTAÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL, ATRAVÉS DO USO DE GEOMORPHONS OBTIDOS EM CLASSIFICAÇÃO TOPOGRÁFICA AUTOMATIZADA. Revista Brasileira de Geomorfologia, 17(2). https://doi.org/10.20502/rbg.v17i2.857
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