Este trabalho procura estabelecer conexões entre as quatro fases da Revolução Industrial e utopias propostas nas áreas de arquitetura e desenho urbano. O artigo começa com uma revisão geral das quatro fases da industrialização, tentando estabelecer conexões com as respectivas tendências arquitetônicas e urbanas em cada etapa. Da mesma maneira que a Segunda Revolução Industrial e seu novo sistema de produção em massa influenciaram as utopias modernas no início do século XX, os métodos da Terceira e Quarta Revoluções Industriais têm impulsionado novas utopias contemporâneas. A fim de ilustrar essa tese, são apresentados exemplos em diferentes escalas: produtos de consumo, componentes construtivos, unidades habitacionais e desenho urbano. Foi possível concluir que a principal diferença entre as utopias modernas e contemporâneas é uma mudança da maneira de pensar "top-down" para processos "bottom-up" nas diferentes escalas. Novos sistemas de CAD paramétrico e novas máquinas de produção pessoal, tais como as fresadoras CNC, cortadoras a laser e impressoras 3D, e o conceito de personalização em massa, estão permitindo que os usuários se tornem mais participantes na produção de seus bens de consumo, residências, e até mesmo os espaços urbanos. O trabalho termina perguntando aos arquitetos e urbanistas quais serão as próximas utopias, com base nas novas tecnologias esperadas para as próximas décadas.
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Celani, G., & Frajndlich, R. U. de C. (2016). From prototypical to prototyping: mass-customization versus 20th century utopias in architecture and urban design. PARC Pesquisa Em Arquitetura e Construção, 7(3), 160. https://doi.org/10.20396/parc.v7i3.8647348
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