Este pequeno ensaio visa contribuir para a Geografia discutindo três pontos centrais: processos, formas e interações espaciais. Por meio deles estabelece-se a organização do espaço e sua dinâmica, o objeto princi- pal do estudo geográfico. Concentração e dispersão são os processos espaciais mais gerais, que resultam em centros e periferias, lugares centrais e áreas espe- cializadas, em condomínios exclusivos e favelas, em áreas fabris distintas e habitat rural disperso. As rela- ções entre processos e formas, no entanto são com- plexas. Os processos, isto é, tempo e movimento, afe- tam as formas, isto é, a pausa e o espaço, mas o es- paço pode ‘congelar’ o tempo. A refuncionalização de formas antigas é o melhor exemplo. Convergência, divergência e intercausalidade entre processo e forma são aspectos vinculados a esta complexidade. As inte- rações espaciais cumprem o papel de articulação entre as formas espaciais. São também complexas e se distinguem segundo a natureza, velocidade, intensida- de, frequência e direção. As redes geográficas consti- tuem o arranjo espacial das interações, sendo constitu- ídas por pontos e linhas (via de regra cidades, vias e fluxos).
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Corrêa, R. L. (2016). Processos, formas e interações espaciais. Revista Brasileira de Geografia, 61(1). https://doi.org/10.21579/issn.2526-0375_2016_n1_art_7
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