This article analyzes veganism and freeganism as life styles made possible provided by consumer society. Considering consumption as a dynamic system of world classification, I notice that such movements, by proposing an " anti-consumerist consumption " , act as a counterculture in relation to the society that enabled their emergence. A alimentação é normatizada por inúmeras regras que transcendem a busca de nutrientes, revelando-se um fato social, ainda que seja essencial à so-brevivência biológica. Para Romanelli (2006), em torno da comensalidade, cada sociedade elabora um complexo sistema de regras dietéticas fundadas no senso comum, em preceitos religiosos e no conhecimento médico, que cria interdições para excluir do cardápio alimentos simbolicamente classificados como perigosos para a saúde. Para o au-tor, o interesse da antropologia pela alimentação tem sido constante justamente porque ela faz parte de um conjunto de experiências humanas; como exemplo, ele retoma Malinowski, que desvendou a importância da produção de alimentos e os princípios de sua troca recíproca na sociedade trobriandesa. Desde então, diversos pesquisadores têm dedicado atenção aos muitos aspectos da produção e consumo de alimentos – que não são atos solitários, mas constituem atividades sociais – e o modo como as sociedades constroem representações sobre si próprias, definindo sua identidade em relação a outras sociedades, através de seus hábitos culinários. Considerando a pluralidade da sociedade contemporânea, constatamos a existência de inúmeras dietas, como macrobiótica, vegetarianismo, frugivorismo,
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Abonizio, J. (2013). Consumo alimentar e anticonsumismo: veganos e freeganos. Ciências Sociais Unisinos, 49(2). https://doi.org/10.4013/csu.2013.49.2.07
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