Ao longo dos últimos anos, a abordagem dos problemas da formação e do emprego têm evoluído no enquadramento estabelecido pela Estratégia Europeia de Emprego, nomeadamente da Estratégia de Aprendizagem ao Longo da Vida. Os níveis de formação e a situação face ao mercado de trabalho são factores determinantes de inclusão/exclusão social, com implicações no rendimento, na realização pessoal e no exercício da cidadania. As transformações ocorridas no modo de funcionamento da economia, implicaram uma crescente segmentação do mercado de trabalho e uma multiplicidade de modalidades de integração laboral precárias e marginais. Portugal criou um conjunto de políticas na área da educação, emprego e formação profissional dos grupos desfavorecidos. O sistema de formação deve adaptar-se a estes públicos e formar para a inclusão e a coesão social. Há que referir igualmente o importante papel da cidadania e responsabilidade empresarial nos domínios da formação e qualificação profissional, emprego e inclusão social. É necessário melhorar a qualificação e garantir a empregabilidade dos adultos em idade activa, através do desenvolvimento da formação ao longo da vida. Tendo em conta o défice de qualificações da população portuguesa, o aumento da aprendizagem é uma exigência, face à necessidade de modernização do tecido empresarial e à melhoria da produtividade e da competitividade. A sociedade de informação e o processo de integração europeia condicionam as prioridades de acção do Estadonação em domínios do conhecimento (educação, formação, inovação) e do emprego, e colocam novos desafios à educação e formação de adultos, nomeadamente através da valorização do envelhecimento activo.
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Ramos, M. da C. (2007). Aprendizagem ao longo da vida. Instrumento de empregabilidade e integração social. Revista Portuguesa de Pedagogia, 299–333. https://doi.org/10.14195/1647-8614_41-3_15
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