Resumo Como um conteúdo matemático se torna digno de entrar no currículo escolar? Como isso ocorre? Seria pela sua utilidade? Seria pelo seu valor histórico ou pela força de uma tradição? Seria pelo seu uso dentro da própria matemática? Que conteúdo matemático é digno de ocupar lugar em um currículo? Junto a estas questões uma pesquisa em sala de aula de matemática vai se fazendo, problematizando a matemática como acontecimento na própria sala de aula. O presente artigo surge como desdobra desta pesquisa e foca sua atenção em uma atividade realizada na sala de aula de matemática com turmas de sexto e sétimo anos do Ensino Fundamental - Anos Finais, de uma escola da Rede Municipal de Ensino, da cidade mineira de Juiz de Fora/MG. Nesta atividade foram disponibilizadas tabelas numeradas de 0 a 99 e lápis de diversas cores. Esperava-se que os alunos colorissem números conhecidos, encontrassem padrões e marcassem na tabela algo que chamasse sua atenção. Foi nesse contexto que Ana e sua colega marcaram os “números mudados”. Com isso, marcaram um currículo, uma matemática, uma escola. Inventaram um currículo, uma matemática, uma escola, uma vida. Invenção de um currículo? Um currículo se inventa? Qual matemática para um currículo em invenção? Arrombamentos de uma atividade.Abstract How does a mathematical subject become worthy to enter the school curriculum? How does this occur? Would it be for their usefulness? Would it be for its historical value or force of a tradition? Would it be for its use within math? Which mathematical content is worthy to take place in a school curriculum? Among to these questions, we start researching the mathematics classroom, discussing mathematics as it is happening in the classroom. This article comes to unfold this research and focuses its attention on an activity performed in the mathematics classroom with grades six and seven of an elementary school in the Municipal Education Network of the mining city of Juiz de Fora, MG. In this activity, we provided tables numbered from 0 to 99 and pencils of various colors. Students were expected to color familiar numbers, find patterns, and mark anything on the table that caught their eye. It was in this context that Ana and her colleague marked the "changed numbers." Thus, they marked a curriculum, a math, a school. They invented a curriculum, a math, a school, a life. Invention of a curriculum? Can you invent a curriculum? Which mathematics for a curriculum invention? Breakthroughs of an activity.
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Dore, L. E., & Clareto, S. M. (2017). Números: a que será que se destina? Currículo e Invenção na Sala de Aula de Matemática. Bolema: Boletim de Educação Matemática, 31(59), 1032–1044. https://doi.org/10.1590/1980-4415v31n59a09
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