Trabalho, controle e resistência nas sociedades capitalistas: uma perspectiva organizacional

  • Souto J
  • Silva R
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Abstract

Com o fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) -a grande experiência socialista que, embora tenha sido parcial, revigorou os ânimos por um mundo mais justo -o capitalismo, mesmo alvo de constantes crises já prenunciadas por Marx dois séculos atrás, floresce mundo afora se utilizando da mesma lógica de acumulação. A mais-valia, apropriação pelo capitalista de trabalho não pago, é o oxigênio para os pulmões do capitalismo e o trabalho social abstrato os braços que o auxiliam na busca pela prosperidade. Prosperidade que, aliás, vem em prol de poucos e as custas de uma imensidão de pessoas exploradas. Nosso objetivo, no entanto, não é polemizar em torno de seu funcionamento, mas, sim, discorrer sobre a evolução da principal ferramenta utilizada para manter o trabalho social em condições valorosas para o capital: o controle. Nas organizações, o templo para a obtenção da mais-valia, o controle vem sendo refinado ao longo do tempo e, na atualidade, os níveis gerenciais das organizações se utilizam de formas híbridas tão eficazes que parecem caminhar rumo à perfeição. No decorrer do trabalho, delinearemos as principais estratégias de controle, seu desenvolvimento ao longo dos tempos e como a resistência por parte dos trabalhadores permanece latente.With the end of the Union of Soviet Socialist Republics (USSR) -the great socialist experience that, although partially, reinvigorated the vitalities for a fairer world the capitalism, same objective of constant crises already predicted by Marx two centuries ago, blooms out in the world if using the same accumulation logic. The surplus value, appropriation for the work that capitalist don't pay, is the oxygen of capitalism's lungs and the abstract social work the arms that aid him in search of prosperity. Prosperity, in fact, comes on behalf of few at the costs of an explored immensity. Our objective, however, it is not to argue around its operation, but, to discourse about the evolution of the main tool used to maintain the social work in brave conditions for the capital: the control. In the organizations, the temple for obtaining surplus value, the control has been refined along the time and, at the present, the managerial levels of the organizations are used in such effective hybrid ways that they seem to walk heading for perfection. Along this paper we will delineate the main control strategies, its development along time as the resistance of workers stays latent.

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Souto, J. M., & Silva, R. da. (2005). Trabalho, controle e resistência nas sociedades capitalistas: uma perspectiva organizacional. Organizações & Sociedade, 12(33), 51–70. https://doi.org/10.1590/s1984-92302005000200003

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