A gentrificação constituiu-se em um processo de natureza dinâmica, seja em sua concepção conceitual ou em sua forma de expressão no espaço. Desde os anos 1990, a preservação de sítios históricos urbanos no Brasil e na América Latina serviu de âncora para a refuncionalização turística e a ascensão econômica de inúmeras cidades, articulou-se às estratégias políticas e econômicas de renovação urbana e ganhou inúmeras denominações a partir de visões teóricas ou técnicas, interesses políticos e escalas diferenciadas. Esses temas serão abordados aqui a partir de apontamentos de pesquisa teórico-conceitual e de argumentos empíricos de algumas cidades brasileiras e centros históricos da América Latina, fundamentando a reflexão sobre a gentrificação global e os seus processos inerentes de injustiça social na produção de novas paisagens e na apropriação seletiva do espaço urbano.
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Paes, M. T. D. (2018). Gentrificação, preservação patrimonial e turismo: os novos sentidos da paisagem urbana na renovação das cidades. GEOUSP: Espaço e Tempo (Online), 21(3), 667. https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2017.128345
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