A existência de áreas protegidas é a principal estratégia para a conservação da natureza, atrativas à visitação ecoturística. Em face da concentração humana nas cidades, a procura por lugares idílicos tem aumentado gradualmente, seja para contemplar novas paisagens ou mesmo participar ativamente na busca e no incremento de novos saberes através de formas alternativas de lazer. Estas características são as motivações da expansão da observação de aves no Brasil. A participação da sociedade na busca e construção do conhecimento tornou-se algo necessário em função da complexidade dos desafios contemporâneos, não se podendo prescindir da colaboração cidadã em projetos e programas que visem a quantificação e qualificação da biodiversidade nos espaços protegidos e conservados. Apresentaremos neste artigo argumentações e dados que corroboram esta linha de pensar e agir que resultaram acréscimo de informações sobre a diversidade de espécies em unidades de conservação brasileiras, particularmente no Parque Estadual do Morro do Diabo, em São Paulo, que em 10 anos obteve 70 registros inéditos de aves a partir da prática do turismo de observação de aves. Concluímos que o “monitoramento colaborativo” constitui um avanço para o conhecimento da biodiversidade a partir de um contexto de maior participação e inclusão de múltiplos atores sociais.
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Pires, A. S., Faria, H. H. de, & Antunes, A. Z. (2022). Monitoramento colaborativo: A ‘ciência cidadã’ atribuindo novos valores às pessoas e à conservação. Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur), 15(3). https://doi.org/10.34024/rbecotur.2022.v15.13643
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