Estruturas formadas por atividade magmática explosiva e fluxo turbulento ocorrem na área denominada Lagoa Seca, Complexo de Catalão I, Goiás. O complexo é composto por rochas silicáticas (dunitos, clinopiroxenitos) e carbonatitos (sövitos, beforsitos, com foscoritos, nelsonitos e monazititos associados). Intenso metassomatismo carbonatítico provocou a conversão generalizada de rochas ultramáficas em flogopititos. A região da Lagoa Seca é uma depressão preenchida por sedimentos lacustres, que repousam em discordância sobre uma seqüência magmática acamadada, com espessura em torno de 15 metros, composta por apatitito, na base, e camadas de monazita, ilmenita e material argilizado no topo. Pipes de se- ção circular a elíptica ocorrem no interior da seqüência magmática, em uma zona limitada por foscoritos e carbonatitos, na base, e pela própria discordância, no topo. A maioria dos pipes é preenchida por brecha, contendo fragmentos de rochas do complexo e das encaixantes imediatas. A porção inferior de alguns pipes é dominada por material fino com estruturas típicas de fluxos particulados diluídos, em regime de fluxo turbulento (surges). Estas evidências indicam atividade explosiva e fragmentação do magma ainda no interior da câmara.
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RIBEIRO, C. C., BROD, J. A., PETRINOVIC, I. A., GASPAR, J. C., & BROD, T. C. J. (2001). PIPES DE BRECHA E ATIVIDADE MAGMÁTICA EXPLOSIVA NO COMPLEXO ALCALINO-CARBONATÍTICO DE CATALÃO I, GOIÁS. Revista Brasileira de Geociências, 31(4), 417–426. https://doi.org/10.25249/0375-7536.2001314417426
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