A hanseníase é uma doença infecciosa, causada pelo Mycobacterium leprae, micro-organismo que acomete principalmente a pele e os nervos. É considerada no Brasil como um problema de saúde pública, por causar incapacidades e deformidades que podem levar a alterações da qualidade de vida. Objetivou-se, neste trabalho, analisar a qualidade geral da vida dos indivíduos com hanseníase. Foi realizado um estudo transversal com 100 pacientes submetidos a tratamento no Centro de Referência Dona Libânia, independente do sexo e com idade superior a 18 anos. Foram aplicados 02 questionários: qualidade de vida SF-36 e outro abordando aspectos epidemiológicos, socioeconômicos e característica da doença. Os resultados mostraram que a metade era do sexo masculino (n=54). A média de idade de 39,2 ± 12,57, com maior prevalência entre 26 a 45 anos (n=44). Dos entrevistados, 51 tinham o primeiro grau incompleto e 91 apresentavam renda familiar de 1 a 3 salários mínimos. Na qualidade de vida, os domínios que apresentaram valores baixos foram limitação por aspecto físico, dor e aspecto emocional, quando comparado aos demais (p<0,05). Ao classificar a média dos domínios, a capacidade funcional, aspecto social e saúde mental foram enquadrados como “muito bom”. Entretanto, limitação por aspecto físico, dor, estado geral de saúde, vitalidade e aspecto emocional obtiveram perfil “bom”. Pode-se concluir que a hanseníase interfere na qualidade de vida dos pacientes, por ser uma patologia que gera incapacidades funcionais, acarretando a diminuição da atividade laboral e restrição da vida social.
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Sousa, N. P. de, Silva, M. I. de B., Lobo, C. G., Barboza, M. C. de C., & Abdon, A. P. de V. (2011). Análise da qualidade de vida em pacientes com incapacidades funcionais decorrentes de hanseníase. Hansenologia Internationalis: Hanseníase e Outras Doenças Infecciosas, 36(1), 11–16. https://doi.org/10.47878/hi.2011.v36.35107
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