Este artigo demonstra como os Kaingang, após a conquista, enfrentaram situações críticas que os obrigaram a buscar novas formas de sobrevivência nas terras delimitadas pelo governo, as quais foram drasticamente reduzidas e, ao longo da segunda metade do século XX, foram dilapidadas dos recursos naturais que lhes garantiam a sobrevivência. A análise deste processo indicou que os Kaingang tiveram de construir um novo tempo (uri) em oposição ao tempo antigo (vãsy). Os Kaingang mantiveram suas territorialidades segundo seus próprios padrões, porém em permanente conflito com os códigos oficiais. Nesse sentido, o movimento de territorialização kaingang sobrepõe-se às territorialidades da sociedade capitalista fundada na propriedade privada.
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Tommasino, K., & Kurtz de Almeida, L. (2014). Territórios e Territorialidades Kaingang: A Reinvenção dos Espaços e das Formas de Sobrevivência Após a Conquista. Mediações - Revista de Ciências Sociais, 19(2), 18. https://doi.org/10.5433/2176-6665.2014v19n2p18
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