A FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL: DESAFIOS PARA A UNIVERSIDADE

  • Nunes Pinto R
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O texto busca uma reflexão sobre a problemática da educação infantil, tomando como foco de análise o processo de formação de professores para a intervenção pedagógica na infância brasileira. Nesse sentido, são levantados aspectos das políticas públicas educacionais e da produção teórica de pesquisadores brasileiros sobre a infância e sobre a educação infantil, na tentativa de contribuir para o necessário (re)dimensionamento do papel dos professores em uma perspectiva que leve em conta a especificidade da produção cultural da criança. ALGUNS ELEMENTOS PARA PENSAR A EDUCAÇÃO INFANTIL NO PÓS-LDB E screver só faz sentido se alguma coisa pergunta, dizia Clarice Lispector em A hora da estrela. A escrita deste vem, pois, ao * Professora da Faculdade de Educação Física/UFG, mestranda em Educação Brasileira pela FE/UFG Miolo.p65 19/5/2006, 11:31 135 136 encontro da necessidade/vontade de dar voz a uma série de indaga-ções acerca da escola, da criança, dos professores e, em especial, da formação de professores para a educação de crianças pequenas. Algumas destas perguntas ecoam com mais intensidade. A princi-pal delas diz respeito aos processos da formação inicial de profes-sores diante da especificidade da educação infantil que, hoje, assu-me novas direções e orientações. Em torno dessa questão articu-lam-se outras, não menos importantes e até mesmo necessárias para a compreensão daquela, como: qual é a especificidade desta edu-cação infantil? Qual ou quais concepções de infância encontram-se atreladas às orientações oficiais e também aos indicativos originári-os da produção teórica brasileira na área? Como tais concepções concretizam-se nas pedagogias que fundamentam a prática dos professores na creche e na pré-escola? São questões inquietantes também as que se referem à área de conhecimento " Educação Física " e à função que a mesma pode/deve desempenhar no processo educacional das crianças de zero a seis anos. É preciso indagar, entretanto: qual é mesmo a natureza da inter-venção da Educação Física na pré-escola enquanto área do conheci-mento/atividade/disciplina? Qual é o lugar a ser ocupado, no espaço/ tempo de creches e pré-escolas, pelos professores de Educação Físi-ca? Pensamos que a Educação Física deve estar presente nas institui-ções de educação infantil, tematizando o rico acervo de práticas cul-turais expressas pela corporeidade e pela motricidade humanas. E que o papel da Educação Física e o espaço pedagógico de seus pro-fessores na educação infantil precisam ser (re)pensados a partir da contemplação das diferentes linguagens que, na criança, externam-se pela oralidade, leitura, escrita, musicalidade, corporeidade, gestualidade e pelo brincar. Nesse sentido, os jogos, as danças, as ginásticas, os esportes, as lutas, entre outras expressões e linguagens, devem ser pensados e tratados na perspectiva interdisciplinar, mes-clando-se ao acervo de práticas culturais lúdicas e significativas, como a contação de histórias, o teatro, a música, o circo, o varal de poesias, e ampliando o conhecimento corporal de crianças e professores em direção à compreensão de si mesmo, dos outros e do mundo. Tais questionamentos colocam-se, definitivamente, no interi-or do nosso leque de preocupações se considerarmos as recentes Pinto, R. M. N. – A formação de professores para a...

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Nunes Pinto, R.-M. (2006). A FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL: DESAFIOS PARA A UNIVERSIDADE. Pensar a Prática, 4(0). https://doi.org/10.5216/rpp.v4i0.82

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