RESUMO Este artigo aborda como a identidade e missão organizacionais são construídas e reproduzidas ao longo do tempo por meio de processos de lembrança e esquecimento. Com base na literatura sobre memória organizacional, em uma perspectiva de recurso estratégico, o artigo apresenta os efeitos da história, da memória e do passado que permitiram a resiliência e a sobrevivência organizacional. Enquanto narrativas temporais podem ser aplicadas como ferramentas retóricas para construir a coerência entre passado, presente e futuro, descobrimos que elas também têm o potencial de "derivar" e "sequestrar" a direção organizacional. O presente estudo mostra como um foco excessivo no futuro causa desvio de missão e ambiguidade de identidade. Contudo, a ambiguidade de identidade é resolvida revisitando e lembrando o passado. O passado organizacional não é apenas um recurso estratégico para a construção da identidade, mas uma âncora temporal a partir da qual a organização pode redescobrir seu propósito original. Os resultados são baseados em um estudo de caso qualitativo, aprofundado e etnográfico de uma organização sem fins lucrativos com o objetivo de estabelecer uma rede nacional de hortas em escolas locais.RESUMEN Este artículo aborda cómo la identidad y la misión organizativa se construyen y se reproducen a lo largo del tiempo a través de procesos de recuerdo y olvido. Con base en la literatura sobre memoria organizacional, a través de una perspectiva de recurso estratégico, el artículo presenta los efectos de la historia, de la memoria y del pasado que permitieron la resiliencia y la supervivencia organizacional. Mientras que las narraciones temporales se pueden aplicar como herramientas retóricas para construir la coherencia entre pasado, presente y futuro, descubrimos que ellas también tienen el potencial de "desviar" y "secuestrar" la dirección organizacional. El presente estudio muestra cómo un enfoque excesivo en el futuro causa desviación de misión y ambigüedad de identidad. Sin embargo, la ambigüedad de identidad se resuelve al revisar y recordar el pasado. El pasado organizacional no es sólo un recurso estratégico para la construcción de la identidad, sino un ancla temporal a partir de la cual la organización puede redescubrir su propósito original. Los resultados se basan en un estudio de caso cualitativo en profundidad y etnográfico de una organización sin fines de lucro con el objetivo de establecer una red nacional de huertos en escuelas locales.ABSTRACT This article addresses how organizational identity and mission are constructed and reproduced over time through processes of remembering and forgetting. Building on literature that views organizational memory as a strategic resource, this paper showcases the enabling effects of history, memory, and the past for organizational resilience and survival. Although temporal narratives may be employed as rhetorical tools to construct coherency between the past, present, and future, we find they also have the potential of sidetracking and hijacking an organization’s direction. Our study shows how an excessive focus on the future can cause mission drift and identity dilution. However, the identity dilution can be resolved through revisiting and remembering the past. The organizational past is not merely a strategic resource for identity construction, it is also a temporal anchor from which the organization may (re)discover its original purpose. The findings are based on a qualitative, in-depth, ethnographic case study of a nonprofit organization whose goal is to establish a national network of local school gardens.
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Cappelen, S. M., & Pedersen, J. S. (2021). SEQUESTRADO PELA ESPERANÇA: DINÂMICAS DE DESVIO DA MISSÃO E DISSOLUÇÃO DE IDENTIDADE EM UMA ORGANIZAÇÃO SEM FINS LUCRATIVOS. Revista de Administração de Empresas, 61(1). https://doi.org/10.1590/s0034-759020210104
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