Desde os anos de 1970, as representações das mulheres no cinema tem sido objeto de crítica das teóricas feministas, que destacam a relevância do cinema narrativo clássico como produto e produtor do imaginário patriarcal. Contudo, ancorada numa perspectiva psicanalítica, essa vertente teórica apresenta algumas limitações, como a ênfase na mulher branca como modelo de feminilidade e a construção binária do prazer visual. Neste artigo, a partir de estudos que discutem a experiência histórica das mulheres negras, busca-se problematizar a intersecção de gênero e raça como determinante nos sistemas de representação, na construção do prazer visual e nos modos de recepção fílmica, o que indica novas possibilidades para o reconhecimento das mulheres negras na teoria feminista do cinema.
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Ferreira, C. (Conceição de M. (2018). Reflexões sobre “a mulher”, o olhar e a questão racial na teoria feminista do cinema. Revista FAMECOS, 25(1), 26788. https://doi.org/10.15448/1980-3729.2018.1.26788
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