A automutilação tem sido alvo de um crescente número de estudos interessados em compreender o impacto deste tipo de comportamento na vida da pessoa que se automutila, bem como entender os fatores internos e externos que podem explicar esta prática. Contudo, ainda não é possível encontrar um consenso entre os autores no que diz respeito às causas da automutilação. Em virtude da constatação do alto índice de automutilação no período da adolescência, o presente estudo tem como objetivo compreender este fenômeno durante esse período do ciclo vital, buscando conhecer os fatores correlatos ao ato. A pesquisa descreve-se como sendo um estudo de caso descritivo-exploratório com abordagem quanti-qualitativa, realizada em três escolas do munícipio de Patos-PB, sendo duas escolas públicas e uma privada. Para tanto, mediante o processo de amostragem não-probabilístico por conveniência, o estudo conta com um total de 10 participantes, que responderam a uma entrevista semiestruturada e questões sócio-demográficas. Em síntese, este estudo pode identificar a prevalência do gênero feminino relativa a comportamentos de automutilação, como também, o manuseio de instrumentos cortantes sobre o corpo como sendo o tipo predominante de automutilação. Além disso, pode identificar também alguns fatores que impulsionam o ato de mutilar-se e suas consequências físicas, psicológicas e comportamentais mediante a automutilação. Deste modo, torna-se necessário avaliar a forma de estudar o fenômeno para se chegar a discussões mais ampliadas, a exemplo da adoção de ações preventivas e possíveis intervenções, para assim, longitudinalmente, verificar a redução de casos de adolescentes que se automutilam.
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Santos, A. A. dos, Barros, D. R., Lima, B. M. de, & Brasileiro, T. da C. (2018). AUTOMUTILAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA: COMPREENDENDO SUAS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS. Temas Em Saúde, 18(3), 120–147. https://doi.org/10.29327/213319.18.3-8
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