As variações temporais da comunidade zooplanctônica e das variáveis físico-químicas da água do furo Muriá foram estudadas bimestralmente entre os meses de julho de 2003 (período seco) e janeiro de 2004 (período chuvoso). As coletas foram realizadas durante as marés vazantes de quadratura, no período diurno. As amostras foram obtidas por meio de arrastos horizontais, realizados com o auxílio de uma rede cônica de plâncton com 200 μm de abertura demalha. Simultaneamente, foram obtidas medidas in situ de temperatura, salinidade e pH por intermédio de uma sonda multiparâmetros. Adicionalmente, foram coletadas amostras de água para determinação, em laboratório, das concentrações de oxigênio dissolvido e do material particulado em suspensão. Verificou-se uma acentuada variação temporal da salinidade, com valores mais elevados registrados no período seco. Foram identificados 67 grupos taxonômicos, sendo o filo Arthropoda o mais representativo, com destaque para o copépodo Acartia tonsa Dana, 1849, o qual apresentou densidades mais elevadas durante o período chuvoso (valores médios superiores a 1.200 ind.m-3). No período seco, zoea de Brachyura foi o grupo mais abundante, apresentando elevados valores de densidade. A salinidade da água, condicionada pela pluviometria, constituiu o principal fator responsável pelas variações temporais do zooplâncton do furo Muriá.
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Leite, N. D. R., Pereira, L. C. C., & Costa, R. M. da. (2009). Distribuição temporal do mesozooplâncton no furo Muriá, Pará, Brasil. Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais, 4(2), 149–164. https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v4i2.662
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