Resumo Objetivou-se analisar as desigualdades sociais e geográficas no desempenho da assistência pré-natal no Sistema Único de Saúde, Região Metropolitana da Grande Vitória, Espírito Santo, Brasil. Realizou-se estudo seccional com 1.209 puérperas internadas para o parto em 2010 e 2011. Coletaram-se dados sobre assistência médica pré-natal e características contextuais, predisponentes e capacitantes, seguindo o Modelo Comportamental de Andersen. O desempenho da assistência pré-natal foi classificado em cinco níveis incluindo informações sobre: número de consultas pré-natal feitas; realização de exames iniciais e de repetição; vacinação antitetânica; manejo do risco gestacional e participação em atividades educativas. Analisou-se a chance de diferentes níveis de desempenho do pré-natal por meio de modelo multinomial multivariado, segundo variáveis sociais maternas. Verificou-se alta cobertura pré-natal (98%) e 4,4% de adequação do cuidado. A chance de acesso ao pré-natal foi aumentada por fatores predisponentes, contextual e capacitantes. A relação entre o pré-natal de qualidade e condições sociais e geográficas da gestante deve orientar a organização dos serviços, visando a equidade e a redução da morbimortalidade materna e perinatal.Abstract This study analyzed the social and geographical inequalities in the performance of prenatal medical care in the Unified Health System (SUS) in the Metropolitan Region of Grande Vitória, Espírito Santo, Brazil. A cross-sectional study was carried out with 1,209 puerperae living in this region, admitted for childbirth from 2010 to 2011. Data about prenatal care and contextual, enabling, and social characteristics were collected, following the Andersen’s Behavioral Model. The performance of prenatal care was classified into five levels, including information on the number of prenatal visits, initial and repetitive examinations, tetanus vaccination, gestational risk management, and participation in educational activities. The likelihood of different levels of prenatal care performance was analyzed using a multivariate multinomial model, according to maternal social variables. High prenatal coverage (98%) and 4.4% care adequacy were identified. The likelihood of access to prenatal care was increased by enabling, contextual, and social factors. The relationship between prenatal care quality and pregnant women’s social and geographical conditions must be considered in the organization of services to achieve equity and reduce maternal and perinatal morbimortality.
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Esposti, C. D. D., Santos-Neto, E. T. dos, Oliveira, A. E., Travassos, C., & Pinheiro, R. S. (2020). Desigualdades sociais e geográficas no desempenho da assistência pré-natal de uma Região Metropolitana do Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 25(5), 1735–1750. https://doi.org/10.1590/1413-81232020255.32852019
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