Resumo Este é um ensaio com base num artigo publicado na revista Educação e Pesquisa dos autores Danilo Streck e Telmo Adams, “Pesquisa em educação: os movimentos sociais e a reconstrução epistemológica num contexto de colonialidade” (2012). Segundo esses autores, para que seja coerente, essa epistemologia deve desconstruir a colonialidade com a qual somos marcados ao longo dos séculos da nossa existência. Neste ensaio, retomam-se alguns desses argumentos trazidos por Streck e Adams e pisa-se nesse chão da descolonialidade epistemológica muito devagarinho. Argumenta-se que há uma mistura paradoxal nas propostas de pesquisa participante, educação popular, bem como dos movimentos de descolonização: a mistura da cópia que já somos, da antropofagia que fizemos com o que nos impuseram. A ideia da cópia e da repetição são apresentadas como numa experiência de artífice: a ação de fazer e refazer faz acontecer a obra e, portanto, produz também a aprendizagem. A tentativa é pensar modos singulares de buscar/produzir/criar conhecimento na perspectiva da educação latino-americana.Abstract This is an essay based on an article published in Educação e Pesquisa, by Danilo Streck and Telmo Adams, titled Pesquisa em educação: os movimentos sociais e a reconstrução epistemológica num contexto de colonialidade [T.N.: Research in Education: Social Movements and Epistemological Reconstruction in a Context of Coloniality.] (2012). According to these authors, in order to be consistent, this epistemology has to deconstruct the coloniality that has marked us over centuries. In the present essay, we resume a few of the arguments of Streck and Adams, and step onto this ground of epistemological de-coloniality – very slowly. We argue that there is a paradoxical mixture in the proposals of participatory research, popular education, and decolonization movements: the mixture of the copy which we already are, the anthropophagy we did to what was imposed on us. The idea of copy and repetition is presented as though in the experience of an artificer: the action of making and remaking produces the artwork and, therefore, learning. The attempt here is to think of singular ways of seeking/producing/creating knowledge in the perspective of Latin American education.
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Eggert, E. (2016). Pesquisa em educação, movimentos sociais e colonialidade: continuando um debate. Educação e Pesquisa, 42(1), 15–26. https://doi.org/10.1590/s1517-9702201603135470
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