TRANSTORNO MENTAL E ESTRESSORES NO TRABALHO ENTRE PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE

  • Ferreira R
  • Silveira A
  • Sá M
  • et al.
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ResumoOs professores universitários estão expostos a um aumento de tensão no trabalho pela fragmentação da sua atividade e as responsabilidades exigidas, sem que, em muitas situações, tenham as condições necessárias para responder adequadamente. Tal situação pode representar condições estressoras, aumentando o risco de transtornos mentais. Investigou-se a associação entre transtornos mentais comuns e estressores no trabalho entre professores de nove cursos da área da saúde de uma universidade particular em Minas Gerais. A variável dependente foi a presença de transtornos mentais, avaliada pelo Questionário de Saúde Geral 12. Os estressores no trabalho foram avaliados pelo modelo Esforço-Recompensa e Comprometimento excessivo. As demais variáveis foram: sociodemográficas, história ocupacional, comportamentais e referentes à saúde geral. Os dados foram submetidos à análise descritiva, análise bivariada e regressão de Poisson. Participaram 175 professores (80, 0%), e 19, 5% apresentaram transtornos mentais comuns. A prevalência desses transtornos foi maior entre professores com maior esforço no trabalho (RP= 1, 8; IC95%= 1, 01-3, 46) e menor naqueles com maior qualidade de vida no domínio físico (RP= 0, 95, IC95%= 0, 93-0, 97). Conclui-se que há uma prevalência considerável de transtornos mentais comuns entre professores universitários, sendo maior naqueles que se esforçam mais no trabalho e com pior qualidade de vida no domínio físico.ResumenLos profesores universitarios están expuestos a un aumento de tensión en el trabajo dada la fragmentación de su actividad y las responsabilidades exigidas, sin que, en muchas situaciones, tengan las condiciones necesarias para responder adecuadamente. Dicha situación puede representar condiciones estresoras, aumentando el riesgo de trastornos mentales. Se investigó la asociación entre trastornos mentales comunes y estresores en el trabajo, entre profesores de nueve cursos de salud en una universidad particular en Minas Gerais, Brasil. La variable dependiente fue la presencia de trastornos mentales, medida por el Cuestionario de Salud General 12. Los estresores en el trabajo se evaluaron por el modelo Esfuerzo-Recompensa y Compromiso excesivo. Las demás variables fueron: sociodemográficas, historia ocupacional, comportamentales y referentes a la salud general. Los datos fueron sometidos a análisis descriptivo, análisis bivariante y regresión de Poisson. Participaron 175 profesores (80, 0%) y el 19, 5% presentó trastornos mentales comunes. La prevalencia de estos trastornos fue mayor entre profesores con mayor esfuerzo en el trabajo (RP= 1, 8; IC95%= 1, 01-3, 46) y menor en aquellos con mayor calidad de vida en el dominio físico (RP= 0, 95, IC95%= 0, 93-0, 97). Se concluye que existe una prevalencia considerable de trastornos mentales comunes entre profesores universitários, y es mayor en aquellos que se esfuerzan más en el trabajo y con peor calidad de vida en el dominio físico.AbstractProfessors are exposed to increased tension at work on account of the fragmentation of their activities and of the responsibilities demanded of them without, in many cases, their having the conditions they need in order to respond adequately. Such a situation may represent stressful conditions, which increase the risk of mental disorders. We investigated the association between common mental disorders and stress factors at work among professors teaching in nine health courses at a private university in Minas Gerais, Brazil. The dependent variable was the presence of mental disorders, as measured by General Health Questionnaire 12. Stress factors at work were evaluated based on the Effort-Reward and Excessive Commitment model. The other variables were sociodemographic, occupational background, behavioral, and related to general health. The data were submitted to descriptive analyses, bivariate analyses, and Poisson regression. A total of 175 professors participated (80.0%), of whom 19.5% had mental disorders. These disorders were more prevalent among professors making the most effort at work (PR= 1.8, 95% CI= 1.01-3.46) and less prevalent among those with higher quality of life in their physical domain (PR= 0.95, 95% CI= 0.93 to 0.97). It can be concluded that there is a considerable prevalence of common mental disorders among university professors, which were higher among those who put more effort into their work and had lower quality of life in their physical domains.

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Ferreira, R. C., Silveira, A. P. da, Sá, M. A. B. de, Feres, S. de B. L., Souza, J. G. S., & Martins, A. M. E. de B. L. (2015). TRANSTORNO MENTAL E ESTRESSORES NO TRABALHO ENTRE PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE. Trabalho, Educação e Saúde, 13(suppl 1), 135–155. https://doi.org/10.1590/1981-7746-sip00042

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