Objetivo: Determinar a prevalência de incontinência urinária (IU) entre idosos institucionalizados na região do Vale do Itajaí(SC) e sua relação com a função cognitiva e mobilidade. Métodos: Estudo transversal entre 150 idosos residentes em duas instituições da região. Um questionário foi administrado e seus prontuários médicos foram revisados. A mobilidade foi avaliada pelo Rivermead Mobility Index (RMI) e a função cognitiva pelo Mini-Mental State Examination (MMSE). Resultados: A prevalência de IU encontrada foi de 57,3%, sendo maior em mulheres (62%) do que em homens (45%) e se relaciona com o grau de mobilidade, com IU ocorrendo em 40% dos idosos com RMI de ≥ 11, em 67% com RMI entre 6 e 10 e em 95% com RMI até 5 (p<0,05). Houve relação com a função cognitiva (FC), uma vez que houve 49% de IU dentre aqueles com FC normal (MMSE ≥ 26), 68% com FC limítrofe (MMSE entre 22 e 25) e de 80,7% com função prejudicada (MMSE < 21) (p<0,05). Não houve relação entre IU e faixa etária. Apenas 30% procuraram auxílio médico ainda que 65% dos idosos incontinentes mostraram descontentamento com a sua condição.Conclusão: IU é altamente prevalente entre idosos institucionalizados, principalmente entre mulheres, e se correlaciona inversamente com a perda da mobilidade e com a função cognitiva prejudicada, mas não com a idade. Finalmente, esta condição traz prejuízos e descontentamento aos idosos. É necessário o rastreamento ativo dessa população de risco no momento da institucionalização.(AU)
CITATION STYLE
Jr, W. F. S. B., & Mendes, F. M. (2007). Incontinência urinária entre idosos institucionalizados: relação com mobilidade e função cognitiva. Arquivos Catarinenses de Medicina, 36(4), 49–55.
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.