O presente ensaio objetiva analisar a relação entre o advento das novas tecnologias de gravação digital, o uso da internet como estrutura de comercialização midiática e a ascensão da produção musical independente. Busca-se compreender os denominados mercados fonográficos independentes (‘mercados abertos’), uma vez que, no contexto da sociedade da informação, o uso de softwares e hardwares nos processos de produção e registro da música popular propiciou a redução dos custos de gravação, bem como, o aparecimento de gravadoras e artistas independentes, fazendo legitimar a concepção de cibercultura como uma nova forma de difusão – em rede – dos bens simbólicos. Focamo-nos em Brasília, cidade que ganhou grande destaque no cenário musical brasileiro pela ascensão de bandas independentes de diversos estilos musicais. Nesse sentido, foram entrevistados (via e-mail) integrantes de duas bandas brasilienses que ajudaram a compreender como se efetivam os processos de produção e promoção de uma banda que não tem contrato com uma gravadora tradicional. A pesquisa revelou que a gravação digital tornou bem mais fácil a confecção dos fonogramas que, somada ao auxílio da internet, mais especificamente das redes sociais, tornou mais concreta e possível a promoção de bandas independentes, mesmo sem grandes investimentos materiais e organizacionais.
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Costa, J. H., & Farias, T. R. P. de. (2014). Indústria cultural, cibercultura e música independente em Brasília: um estudo com as bandas ‘Amanita’ e ‘Feijão de Bandido.’ Acta Scientiarum. Human and Social Sciences, 36(1), 9. https://doi.org/10.4025/actascihumansoc.v36i1.21971
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