Neste artigo, resultado de estudos realizados no doutorado e pós-doutorado, é investigada, no ensino de Lacan, a participação e importância do psicanalista (e de seu desejo) como o agente (suporte do objeto a) que opera a ética da psicanálise. Com o objetivo de aprofundar as relações dessa ética (suas premissas e princípios) ao proceder do psicanalista – sua escuta e atos –, merece destaque a expressão usada por Lacan: o desejo do psicanalista. Esta expressão nos mostrou haver uma consistência elementar entre o campo da ética e a operacionalização da psicanálise por meio de seu agente/suporte transferencial, o psicanalista, durante a condução do tratamento, naquilo que o próprio Lacan formulou, em seu ensino, como essencial à formação do psicanalista: a psicanálise em intensão. Lateralmente, são abordadas expressões correlatas, e nem por isso sem importância, no campo da ética da psicanálise: o ato do psicanalista, o discurso do psicanalista e o saber do psicanalista.
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Castro, J. E. de. (2020). O desejo do psicanalista como operador ético da psicanálise. Fractal: Revista de Psicologia, 32(1), 12–20. https://doi.org/10.22409/1984-0292/v32i1/5628
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