Acidentes do trabalho graves é um problema saúde pública devido aos custos ao sistema de saúde impactando nos diversos campos do trabalho, economia e previdência social. Desse modo, a investigação do agravo permite elaborar políticas públicas para enfrentamento dos acidentes. Este trabalho objetiva caracterizar os aspectos sociodemográficos e clínicos dos acidentes de trabalho graves no Estado do Piauí. Trata-se de um estudo transversal realizado com as notificações de acidentes do trabalho graves oriundas do Sistema Nacional de Agravos de Notificação, ocorridas nos períodos de 2010 a 2020, analisadas por estatística descritiva. Foram notificados 7.741 acidentes. A maioria (88,9 %) eram homens, na faixa etária de 30 a 39 anos; 30,4 % baixa escolaridade; as ocupações acometidas foram diversas (39%), com tempo de trabalho de um ano ou mais (70,7%), os acidentes ocorreram 53,8% em vias públicas e classificados como típicos em 55,1%, receberam atendimento médico (97,2%) e os membros superiores foram atingidos em (38,6%). Quanto aos desfechos dos casos, o tratamento foi hospitalar (92,8%), à evolução dos casos, 47,1% tiveram registros ignorados e a comunicação de acidente de trabalho não foi realizada em 41,5% dos casos. Acidentes do trabalho graves ocorreram nos adultos-jovens em profissões mais vulneráveis que poderiam ser evitados com o uso de equipamentos de proteção coletiva/individual visando o controle dos riscos ocupacionais.
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Araújo, C. L., Almeida, J. dos S., Costa, M. do S. C., Sampaio, J. J. C., Ferreira, A. H. C., De Araújo, T. K. A., … Barros, C. M. de A. R. (2023). Perfil epidemiológico dos acidentes de trabalho graves no estado do Piauí, Brasil, 2010 a 2020. OBSERVATÓRIO DE LA ECONOMÍA LATINOAMERICANA, 21(10), 14915–14938. https://doi.org/10.55905/oelv21n10-025
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