FUNDAMENTOS E OBJETIVOS: Inatividade física é importante fator de risco para as doenças crônicas. Os resultados da literatura são controvertidos em relação à prática de atividades esportivas na infância e adolescência e atividade física na vida adulta. O objetivo deste estudo foi verificar em adultos jovens a freqüência de atividade física de lazer (AFL) e determinar se a prática de esportes durante a adolescência influenciou esta atividade. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal, tipo inquérito, no período de novembro de 2003 a abril de 2004, em 170 alunos do curso médico que realizaram o estágio de internato em pediatria e tocoginecologia no Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP). Foram considerados como atletas aqueles que afirmaram terem praticado algum tipo de esporte durante pelo menos dois anos consecutivos, entre a faixa etária dos 10 aos 19 anos. Atividade física desenvolvida atualmente foi aferida através da informação sobre AFL, na última semana que antecedeu a aplicação do questionário, para a prática de algum tipo de atividade física que provocasse sudorese e respiração acelerada. Foram considerados como fisicamente ativos aqueles que despenderam um mínimo de 150 minutos de atividade física por semana. RESULTADOS: Apenas 22,5% (35/155) dos internos desenvolviam AFL. Entre aqueles que foram atletas durante a adolescência, a prática de AFL na vida adulta foi maior; 26,8% (33/123), do que aqueles não atletas, 6,2% (2/32); p < 0,03 (tabela 1). Entretanto, a presença de excesso de peso ou obesidade, hipertensão arterial, tabagismo e antecedentes familiares de doença aterosclerótica precoce não diferiu entre os grupos com maior e menor AFL. CONCLUSÃO: Práticas de atividades esportivas durante a adolescência contribuem para AFL na vida adulta.FUNDAMENTOS Y OBJETIVOS: La inactividad física es un importante factor de riesgo para las enfermedades crónicas. Los resultados de la literatura son controvertidos en relación a la práctica de las actividades deportivas en la infancia y la adolescencia y la actividad física en la vida adulta. El objetivo de este estudio fué verificar en adultos jovenes la frecuencia de la actividad física de recreo (AFL) y determinar si la práctica de deportes durante la adolescencia influenció esta actividad. MÉTODOS: Fué realizado un estudio transversal, tipo inquérito, en el período de noviembre de 2003 a abril de 2004, en 170 alumnos del curso médico que realizaron el período de internado en pediatría y toco-ginecología en el Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP). Fueron considerados como atletas aquellos que definieron practicar algún tipo de deporte durante por lo menos dos años consecutivos, entre la faja etaria de los 10 y los 19 años. La actividad física desarrollada actualmente fué conferida a traves de la información sobre AFL, en la última semana que antecedió a la aplicación del cuestionario, para la práctica de algún tipo de actividad física que provocara sudor y aumento de la frecuencia respiratoria con aceleración del ritmo. Fueron considerados como fisicamente activos aquellos que desempeñaron un mínimo de 150 minutos de actividad física por semana. RESULTADOS: Apenas el 22,5% (35/155) de los internos desarrollaban AFL. Entre aquellos que fueram atletas durante la adolescencia, la práctica de AFL en la vida adulta fué mayor; 26,8% (33/123), que aquellos no atletas, 6,2% (2/32); p < 0.03 (tabela 1). Entretanto, la presencia de exceso de peso u obesidad, hipertensión arterial, tabaquismo y antecedentes familiares de enfermedad ateroesclerótica precoz, no diferió entre los grupos con mayor y menor AFL. CONCLUSIÓN: Práctica de actividades deportivas durante la adolescencia contribuye para AFL en la vida adulta.BASIS AND PURPOSES: Physical inactivity is an important risk factor to chronic diseases. Results shown in the literature are controvert concerning to the sportive activities practice in childhood and adolescence, as well as physical activities during adulthood. The purpose of this study was to verify the frequency of the leisure physical activity (LPA) in young adults, and to determine whether the practice of sports during the adolescence years influenced or not such activity. METHODS: It was performed a transversal inquiry-type study during from November, 2003 to April, 2004 in 170 students of Medicine schools performing their internship stage in Pediatrics and toco-gynecology at the Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP). It was considered athletes who said to have practiced some kind of sports for at least two consecutive years between ages from 10 to 19 years. The physical activity performed at that moment was measured through information of the LPA performed during the last week previous to the application of the questionnaire, searching for practices of some kind of physical activity which could cause sudoresis and fast breathing. It was considered physically active those individuals who spent at least 150 minutes of physical activity/week. RESULTS: Only 22.5 (35/155) of the individuals were performing LPA. Among those who were athlete during the adolescence, the practice of LPA in the adulthood was higher; 26.8 (33/123) compared to those who were not athletes, 6.2% (2/32); p < 0.03 (tabela 1). However, the presence of over-weight or obesity, arterial hypertension, smoking habits, and parental antecedents of early atherosclerotic disease was not different among those groups with higher and lower LPA. CONCLUSION: Practicing sports activities during the adolescence contributes to the LPA in the adulthood.
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.
CITATION STYLE
Alves, J. G. B., Montenegro, F. M. U., Oliveira, F. A., & Alves, R. V. (2005). Prática de esportes durante a adolescência e atividade física de lazer na vida adulta. Revista Brasileira de Medicina Do Esporte, 11(5), 291–294. https://doi.org/10.1590/s1517-86922005000500009