O presente estudo tem por objetivo identificar a relação entre os gastos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) com o preço das ações das empresas brasileiras registradas na Bovespa dando continuidade aos estudos de Lopes (2001;2002) e Rezende (2005) sobre value-relevance da informação contábil no Brasil. Esta pesquisa empírico-análitica foi baseada no modelo de Collins et al. (1997), que é uma proxy do modelo Residual Income Valuation (RIV) de Ohlson (1995) e na classificação de intensidade tecnológica da pesquisa de Chan et al. (1990), realizada nos Estados Unidos da América. Tomaram-se como amostra as empresas brasileiras registradas na Bovespa, abrangendo o período de 1996 a 2006. Por meio de regressões múltiplas, identificou-se que os gastos em P&D não são estatisticamente significantes para o preço das ações das empresas estudadas. Tais conclusões não ratificam a pesquisa de Chan et al. (1990), porém reforçam os estudos de Ohlson (1995), Lopes (2001; 2002) e complementa o estudo de Rezende (2005), uma vez que o estudo evidencia que o lucro continua estatisticamente significante para o preço da ação, apresentando relação positiva mesmo após a dedução dos gastos em P&D contabilizados à despesa. Situação diferente ocorre para o PL (Patrimônio Líquido), que deixou de ser estatisticamente significante e de apresentar relação com o preço da ação, após ser deduzido os gastos em P&D contabilizado como investimento.
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Hungarato, A., & Teixeira, A. J. C. (2012). A PESQUISA E DESENVOLVIMENTO E OS PREÇOS DAS AÇÕES DAS EMPRESAS BRASILEIRAS:UM ESTUDO EMPÍRICO NA BOVESPA. Revista de Educação e Pesquisa Em Contabilidade (REPeC), 6(3). https://doi.org/10.17524/repec.v6i3.283
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