Em 2012 é lembrado o centenário da morte de José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, que por uma década dirigiu o Itamaraty, imprimindo-lhe rumo que marcou a política externa do Brasil pelo meio século que se seguiu. As justíssimas homenagens de 2012 procuram pôr em relevo a grande obra diplomática de Rio Branco, e o situam como um dos grandes perfis da história brasileira. De fato, os seus muitos feitos – dentre os quais o papel decisivo que desempenhou na conclusão da negociação de todos os dossiês de limites – marcaram definitivamente a trajetória internacional do Brasil ao longo do século 20, e o eternizaram como o patrono da diplomacia brasileira. Há grande e excelente literatura sobre Paranhos e sobre a política externa que lhe coube formular e implementar, que realça três grandes temas, de certo modo, impossíveis de serem separados em qualquer tentativa de explicação sobre o Barão e sobre a importância que assumiu para a história das relações internacionais do Brasil. A Revista Brasileira de Política Internacional, inclusive, tem sido um veículo privilegiado desse debate. 1 O primeiro grande tema é o homem. Dono de personalidade controversa, Paranhos era filho de um dos mais importantes líderes do Império, o Visconde do Rio Branco, com quem inclusive trabalhou, secretariando em importante missão ao Prata. Muitos historiadores justamente chamam a atenção para o quanto a influência do pai foi decisiva na formação da visão de mundo do jovem Paranhos,
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Lessa, A. C. (2012). O Barão do Rio Branco e a inserção internacional do Brasil. Revista Brasileira de Política Internacional, 55(1), 5–8. https://doi.org/10.1590/s0034-73292012000100001
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