INTRODUÇÃO Em virtude da proximidade evolutiva e das características filogenéticas semelhantes ao homem, os primatas não-humanos constituem valiosos 'reagentes biológicos' nas pesquisas e a sua utilização ocorre desde 1884, com os estudos de Pasteur. São considerados animais nobres (não-convencionais) em pesquisas, sendo o seu uso restrito e, portanto, utilizados apenas quando não há possibilidades de se obter resultados satisfatórios a partir de animais de laboratório criados para essa finalidade, tais como os roedores e os lagomorfos. Os primatas não-humanos são transmissores em potencial de diversas doenças e o seu convívio com o ser humano é extremamente arriscado, visto que albergam uma grande gama de vírus e bactérias e são altamente susceptíveis a infecções comuns ao homem. Por esse motivo, os símios representam modelos adequados para experimentações científicas, simulando de forma satisfatória o curso patogênico de diversas doenças que afetam o homem. Dessa forma, por serem animais considerados de alto risco biológico, o controle ambiental do local onde se encontram os animais é de grande importância, devendo ser adequado a cada espécie de primata. Temperatura, umidade e iluminação são fatores que devem ser cuidadosamente observados. Além disso, as medidas de biossegurança devem ser altamente rigorosas, já que o estresse do animal pode facilitar o surgimento de diversas doenças, comprometendo toda a colônia, assim como a saúde dos seres humanos. A seguir, são apresentadas algumas doenças que acometem primatas não-humanos e descritas aquelas de maior relevância, pelo fato de aparecerem com maior freqüência em um Centro de Criação e Produção.
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Andrade, M. C. R. (2006). Principais doenças de primatas não-humanos. In Animais de Laboratório: criação e experimentação (pp. 155–160). Editora FIOCRUZ. https://doi.org/10.7476/9788575413869.0022
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