Ditadura e Insurgência na América Latina: Psicologia da Libertação e Resistência Armada

  • Hur D
  • Lacerda Júnior F
N/ACitations
Citations of this article
7Readers
Mendeley users who have this article in their library.

Abstract

Resumo: Este artigo discute como a luta insurgente contra o terrorismo de Estado no Brasil e na América Latina resultou na produção de novas ideias na Psicologia e como transformou as formas de participação política dos sujeitos que aderiram a práticas radicais de luta política. Os procedimentos de investigação foram revisão bibliográfica e entrevistas semidiretivas com quatro ex-guerrilheiros brasileiros e um colombiano. Na revisão, foram consultadas obras sobre Psicologia da Libertação, ditadura militar e guerrilha armada. Na análise das entrevistas, foram selecionados conteúdos que se referem ao processo de conscientização dos entrevistados. Constata-se que a atividade insurgente possibilitou a emergência de ideias e práticas na Psicologia que buscam a construção de relações sociais justas. A insurgência também foi a condição de possibilidade para a criação de novas experiências e reflexões sobre a atividade política dos participantes da luta armada contra a ditadura. Tomar a perspectiva da insurgência nos faz compreender os momentos de crise pelo seu potencial de transformação e emancipação. Seja no âmbito da Psicologia como ciência e profissão, que se desloca de uma posição adaptativa e normalizadora, para uma crítica e transformadora, ou nas experiências de militantes expressas como “subjetividades insurgentes” que buscam transformação e revolução.Resumen: Este artículo discute cómo la lucha insurgente contra el terrorismo del Estado en Brasil y América Latina resultó en la producción de nuevas ideas en la psicología y cómo transformó las formas de participación política de los sujetos que ejercieron prácticas radicales de lucha política. Los procedimientos de investigación fueron revisión bibliográfica y entrevistas con cuatro exguerrilleros brasileños y un colombiano. En la revisión fueron consultadas obras sobre Psicología de la Liberación, dictadura militar y guerrilla armada. En el análisis de las entrevistas fueron seleccionados contenidos que se refieren al proceso de concientización de los entrevistados. Se constata que la actividad insurgente posibilitó la emergencia de ideas y prácticas en la psicología que buscan la construcción de relaciones sociales justas. La insurgencia también fue la condición de posibilidad para la creación de nuevas experiencias y reflexiones sobre la actividad política de los participantes de la lucha armada contra la dictadura. Tomar la perspectiva de la insurgencia nos hace comprender los momentos de crisis por su potencial de transformación y emancipación, sea en el ámbito de la Psicología como ciencia y profesión, que se desplaza de una posición adaptativa y normalizadora, para una crítica y transformadora, o en el de las experiencias de los militantes expresadas como subjetividades insurgentes que buscan la transformación y la revolución.Abstract: This paper discusses how insurgent struggles against Brazilian and Latin American State terrorism produced new ideas in Psychology and changed the means of political participation of subjects who upheld radical practices of political conflicts. The method was developed through bibliographical review and semi-structured interviews with four ex-guerilla members from Brazil and one from Colombia. Books and articles about: Liberation Psychology, Military Dictatorship and Armed Guerilla were selected for the bibliographical review . Content analysis aimed to identify narratives related to the process of conscientization. It was perceived that insurgent activity turned possible the emergence of psychological ideas and practices aimed at the creation of just social relations. Insurgency was also the condition of possibility to the creation of new experiences and discussions about political activity in the experiences of those who participated in the armed struggle against military dictatorship. Insurgency can turn periods of social crisis into something that drives change and emancipation. This is possible in Psychology, which can move from a normative position to a critical one and also in the experiences of political militants that constituted themselves as insurgent subjectivities striving for social change and revolution. Financial support: CNPq and CAPES.

Cite

CITATION STYLE

APA

Hur, D. U., & Lacerda Júnior, F. (2017). Ditadura e Insurgência na América Latina: Psicologia da Libertação e Resistência Armada. Psicologia: Ciência e Profissão, 37(spe), 28–43. https://doi.org/10.1590/1982-3703020002017

Register to see more suggestions

Mendeley helps you to discover research relevant for your work.

Already have an account?

Save time finding and organizing research with Mendeley

Sign up for free