OBJETIVO: Analisar a prevalência de auto-avaliação de saúde negativa e seus fatores associados, entre trabalhadores industriais. MÉTODOS: Estudo transversal com amostra probabilística de 482 trabalhadores de indústria metal-mecânica de Joinville, estado de Santa Catarina, em 2005. As informações foram obtidas por meio de questionário auto-administrado e medidas antropométricas. Para estimar a magnitude de associação entre a auto-avaliação e variáveis, foram calculadas as razões de chances (RC) com intervalos de confiança de 95%. Foram obtidos modelos logísticos múltiplos por meio de análise de regressão logística utilizando um referencial teórico hierárquico. RESULTADOS: A taxa de resposta foi de 98,6%. A auto-avaliação de saúde negativa foi referida por 16,6% dos trabalhadores. A maioria era do sexo masculino (84,8%) e desenvolvia atividades predominantemente ligadas ao setor produtivo (79,4%). A queixa mais comum entre os trabalhadores foi dor nas costas (30,9%). Após modelagem estatística, as seguintes variáveis permaneceram associadas à auto-avaliação negativa de saúde: sexo feminino (RC=3,0; IC 95%: 1,5;6,2), inatividade física (RC=1,8; IC 95%: 1,0;3,4), tensão psicológica (RC=3,0; IC 95%: 1,6;5,6), falta de controle sobre a vida (RC=3,0; IC 95%: 1,5;6,1), referência a uma (RC=3,2; IC 95%: 1,4;7,2) ou duas ou mais doenças crônicas (RC=7,7; IC 95%: 3,4;17,8), licença de saúde de curta duração (RC=2,9; IC 95%: 1,5;5,5) e doença limitante (RC=2,8; IC 95%: 1,2;6,6). CONCLUSÕES: A prevalência de auto-avaliação de saúde negativa esteve associada às dimensões socioeconômica/demográfica, estilo de vida, psicossocial e situação de saúde. A variável que mais influenciou na auto-avaliação negativa foi a referência a mais de duas doenças crônicas.OBJECTIVE: To analyze the prevalence of negative self-rated health and its factors associates among industrial workers. METHODS: Cross-sectional study with a probabilistic sample of 482 metal mechanic industrial workers of a city in Southern Brazil. Data was collected by means of self-administered questionnaire and anthropometric measures. The magnitude of the association between self-rated health and the study variables was estimated by odds ratio with 95% confidence intervals (95% CI). Multivariate logistic regression models were obtained using a theoretical hierarchical model. RESULTS: Response rate was 98.6%. Negative self-rated health was seen in 16.6% of the employees and most (84.8%) were males engaged in predominantly production activities (79.4%). The most common complaint was back pain (30.9%). After statistical modeling the following variables remained associated with negative self-rated health: females (OR=3.0 95% CI 1.5;6.2), physical inactivity (OR=1.8 95% CI 1.0;3.4), psychological stress (OR=3.0 95% CI 1.6;5.6), lack of control over life (OR=3.0 95% CI 1.5;6.1), reporting of one (OR=3.2 95% CI 1.4;7.2) or two or more chronic conditions (OR=7.7 95% CI 3.4;17.8), short-term medical leave (OR=2.9 95% CI 1.5;5.5), and incapacitating illness (OR=2.8 95% CI 1.2;6.6). CONCLUSIONS: The prevalence of negative self-rated health was associated with socioeconomic/demographic, lifestyle, psychosocial and health-related dimensions. The variable causing the greatest impact on the outcome was reporting of more than two chronic conditions.
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Höfelmann, D. A., & Blank, N. (2007). Auto-avaliação de saúde entre trabalhadores de uma indústria no sul do Brasil. Revista de Saúde Pública, 41(5), 777–787. https://doi.org/10.1590/s0034-89102007000500012
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