ASPECTOS MORFODINÂMICOS EM PRAIAS DE ENSEADA: ESTUDO DE CASO EM ARMAÇÃO DOS BÚZIOS, BRASIL

  • Bulhoes E
  • Fernandez G
N/ACitations
Citations of this article
6Readers
Mendeley users who have this article in their library.

Abstract

O segmento costeiro selecionado para o estudo sobre dinâmica de praias de enseada foi o cabo Búzios por se tratar de uma protuberância natural da linha de costa composta por praias de variados tamanhos e formas, orientadas e expostas às ondulações dos quadrantes nordeste ao sudoeste. A transformação das ondas em águas rasas expõe ou protege determinados segmentos das enseadas e esta exposição relativa e suas sucessões controlam os processos morfológicos, morfodinâmicos e morfossedimentares atuais, estando aí inclusos a distribuição e o transporte de sedimentos superficiais, as feições da praia e da antepraia e as respostas morfológicas dos perfis praiais frente a alternância de períodos de tempestade e tempo bom. O objetivo geral é diagnosticar os processos governantes da dinâmica costeira em praias de enseada. Os passos metodológicos adotados visaram: (a) determinar os principais padrões de circulação e transporte de sedimentos; (b) determinar as características morfodinâmicas; (c) entender à relação entre a exposição relativa das praias ao ataque das ondas; e (d) prognosticar os efeitos morfológicos que podem ser esperados nestes ambientes frente aos processos governantes. Os principais resultados indicam que as inconsistências verificadas entre o padrão de ondas e o registro de transporte de sedimentos podem ser atribuídas a uma condição de tri modalidade da circulação promovida por ondas, que são: (a) tempo bom com ventos soprando entre NNE (nor-nordeste) e ESE (leste-sudeste); (b) tempo bom com marulhos de sul ou de sudeste; (c) tempestade com ondas que variam entre su-sudeste (157°) até sudoeste (225°). As características morfodinâmicas dos perfis monitorados permitem classifica-los em ambientes de baixa energia e de alta energia que podem ser: (a) refletivos de baixa energia; (b) intermediários de baixa energia, sujeitos a eventos episódicos de tempestade; (c) dissipativos de baixa energia; e (d) intermediários de alta energia. As respostas destes ambientes quanto a um possível aumento na magnitude dos eventos extremos podem ser o desaparecimento sazonal dos ambientes intermediários de baixa energia e um recuo erosivo dos ambientes intermediários de alta energia. Estas respostas ocorrem em função direta do estoque de sedimentos. Por fim verificou-se que os limites ativos sobre a influência das ondas dentro das enseadas podem ser determinados entre 1 e 6m de profundidade em todas as áreas tidas como de baixa energia no cabo Búzios; já nas áreas sujeitas à alta energia de ondas este limite ocorre em profundidades superiores a 20m.

Cite

CITATION STYLE

APA

Bulhoes, E. M. R., & Fernandez, G. B. (2016). ASPECTOS MORFODINÂMICOS EM PRAIAS DE ENSEADA: ESTUDO DE CASO EM ARMAÇÃO DOS BÚZIOS, BRASIL. Revista Brasileira de Geomorfologia, 17(2). https://doi.org/10.20502/rbg.v17i2.841

Register to see more suggestions

Mendeley helps you to discover research relevant for your work.

Already have an account?

Save time finding and organizing research with Mendeley

Sign up for free