O artigo analisa a história dos censos de favelas no Rio de Janeiro produzidos no âmbito do sistema censitário formado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Ao contrário de analisar os dados estatísticos como transparência do real, compreende-as como uma tecnologia de governo relacionada às políticas públicas e às relações de poder. Os censos de favelas estabeleceram novos parâmetros para representar a pobreza urbana no Brasil. A definição do que seria uma favela a partir de variáveis quantificáveis, a diferenciação entre os “trabalhadores” e os “inativos” e a imaginação da diferença racial negra nas favelas foram temas politizados, tendo grande variação na forma de registro nas primeiras estatísticas. A análise compreende as estatísticas de 1949, 1950 e 1960.
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Oliveira, S. S. R. de. (2021). Informalidade urbana, classe trabalhadora e raça no Rio de Janeiro: a história dos censos de favelas (1948-1960). Revista de História, (180), 1–27. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2021.170643
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