OBJETIVO: Determinar fatores de risco sócio-ambientais associados ao desenvolvimento de comprometimento pleural em crianças de 3 a 59 meses internadas com pneumonia grave em um hospital do Nordeste brasileiro. MÉTODOS: Estudo observacional, transversal, descritivo, com componente analítico. Foram avaliados 154 pacientes hospitalizados com pneumonia grave, com ou sem comprometimento pleural. O comprometimento pleural foi definido segundo achados radiológicos. As seguintes variáveis sócio-ambientais foram analisadas: faixa etária, sexo, local de residência, condições do domicílio, freqüência à creche, fumo passivo, renda familiar, presença de bens de consumo, escolaridade e trabalho extra-domiciliar da mãe ou responsável pela criança. As informações foram obtidas através de entrevistas com o responsável pelo paciente ou consulta ao prontuário médico durante a hospitalização. RESULTADOS: A freqüência de comprometimento pleural foi de 25,3 por cento. Os seguintes fatores foram associados à ocorrência de comprometimento pleural: residência em zona rural, dois cômodos ou menos no domicílio, renda familiar mensal inferior a 170 dólares e peso de nascimento <2 500 g. CONCLUSÕES: Os achados sugerem a necessidade de priorizar a melhoria das condições socioeconômicas e de moradia da população mais carente, principalmente aquela oriunda do meio rural. O setor saúde deve enfatizar a atenção primária, com enfoque preventivo desde o período pré-natal.
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Pinto, K. D. B. P. C., Maggi, R. R. S., & Alves, J. G. B. (2004). Análise de risco sócio-ambiental para comprometimento pleural na pneumonia grave em crianças menores de 5 anos. Revista Panamericana de Salud Pública, 15(2), 104–109. https://doi.org/10.1590/s1020-49892004000200005
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